Tese: A racionalidade e
consciência humana são apenas impressões, sendo falsas e não constantes e
verdadeiras, existindo somente na medida para que possamos nos caracterizar
como espécie e possibilitar nossa existência.
Para
dar início a esta explanação, começo pelo primeiro raciocínio relacionado a
esta tese existencial: não concordava com a explicação de que somos únicos seres
racionais do nosso ecossistema, já que considero que os outros animais têm
raciocínio, e não somente instinto. Pensava que a única coisa que nos
diferenciava seria então a consciência humana. Ou seja, somos seres que temos
consciência de nossa existência.
Porém,
tive um insight e cheguei à conclusão de que os animais também tem consciência,
diferenciando-se somente por sua intensidade ou, quem sabe, por um modo
diferente de ter consciência. Resumindo, não somos diferentes em nada dos
outros animais.
O
que seria então esse pseudorraciocínio? Vamos imaginar que tenho um quociente
de inteligência com valor 90. Para ficar mais didático, poderia imaginar 90
elos de raciocínio em nosso cérebro, os quais em seu conjunto caracteriza uma
certa pessoa.
Essas
“pistas de raciocínio” acabam interligando a outras, formando todo um
emaranhado de pensamentos. Essas interligações podem ser dadas principalmente
pela maturidade, ou seja, pela sua própria experiência com o mundo externo.
Desta
forma, não criamos algo novo em nosso pensamento, mas sim usamos conhecimentos diversos
para chegar a conclusões diferentes. Não estou refutando que o ser humano faça progressos
e consiga realizar suas invenções, só estou dizendo que são atos específicos e
não gerais.
Continuando,
imaginamos que uma pessoa que tenha um conhecimento básico em matemática vá fazer
uma prova e tenha uma questão que inclui o conhecimento em derivada. Não importa
o quanto a pessoa se esforce, ou concentre, se ela não conhece a referida
matéria, ela não resolver a tal equação. Lembramos que estamos falando de uma
pessoa com quociente médio de inteligência.
Bom,
já podemos tentar conceituar um ser com falso raciocínio: seria um ser que tem
o seu raciocínio limitado à sua própria massa encefálica, ao seu próprio conhecimento,
o qual não consegue por si só agregar um conhecimento alheio à dimensão da sua
inteligência, sem auxílio externo.
De
outra forma, teríamos um raciocínio verdadeiro a situação em que houvesse um
progresso infinito de pensamento, em que o desenvolvimento não cessasse, e,
independente do prazo de resolução, um dia algo muito complexo iria se
resolver.
Conclui-se,
até esse ponto, que como temos o pensamento na velocidade da luz, ela é constante,
dado que a dimensão do nosso cérebro é muito diminuta. Contudo, pensamos o
tempo todo coisas bastante finitas. Isto é, ficamos grande parte do tempo
repetindo pensamentos, e se esses pensamentos são ruins, formamos nossas neuroses.
Assim,
um dia teríamos uma revolução tecnológica se agregássemos um “HD” ao nosso cérebro,
que fosse uma perfeita extensão do nosso cérebro, em que não somente teríamos
uma imensa fonte de pesquisa, mas sim um cérebro externo, ampliando nossa
capacidade intelectual, o que de todo jeito seria limitado.
Vislumbramos
de alguma forma uma consciência verdadeira e absoluta? Acredito que sim. E aí,
diria respeito a minha segunda e mais abstrata tese.
Um
ser superior, nosso Deus, seja qual for, teria essa capacidade plena, absoluta
e infinita. E se eu penso em infinita, posso racionalizar que esse ser tem uma
racionalidade e consciência em desenvolvimento, um movimento verdadeiro, pois como
não tem limitação, não para de crescer e progredir.
E
o que expande de uma forma infinita e de uma dimensão infinita? O próprio
universo. Consigo imaginar, dessa forma, que o universo é a consciência divina.
Não somos somente carne e sangue de um Deus, mas somos a própria consciência de
Deus, sendo que fazemos parte de uma conexão que beira o infinito e que
continua expandindo.
Tal
como os neurônios em suas sinapses, as matérias e energias cósmicas têm cada um
uma conexão com outras matérias, mesmo que sejam atômicas, e, por que não dizer
quânticas, formando uma só verdade.
Com
certeza, lerei essas minhas ideias e serão alimentadas e melhoradas ao longo do
meu caminho, sendo ele curto ou longo. Mas isso pouco importa, pois sempre
seremos ínfimos, e isso passa a ser, por que não, reconfortante.
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