terça-feira, 3 de maio de 2016

Não só de amor se vive um relacionamento

Não tenho pretensão aqui de explicar o que é o amor. Diante de tudo que vivi até hoje sobre esse assunto chego a duas conclusões: a primeira, é que não haverá definição, pelo menos literal, do que realmente seja esse sentimento. A segunda, é que, ao contrário do que muitos pensam, só de amor não se mantém um relacionamento.
Você pode amar, em qualquer extensão que queira se colocar, pode também ter uma forte atração física, mas, pelo menos para mim, um relacionamento pauta-se em um emaranhado de situações muito mais complexas do que meramente amor e atração.
Isso só a convivência diária poderá trazer-lhe a resposta. Portanto, não sou contra o chamado “juntar os panos”. Ou seja, tentar, antes do casamento (falo mais do religioso), uma situação em que seja testada a convivência do casal.
Aquela ideia de que os opostos se atraem a considero muito simplista. Pode ser que haja atração, mas não quer dizer que seja possível uma convivência saudável. Está muito mais ligado ao campo da atração física do que a real concepção de amor.
Como imaginar uma convivência harmoniosa se há um dissenso em tudo que se queira fazer? Eis o grande problema. Não gostar do mesmo estilo de filme, não gostar do mesmo tipo de música, não ter a mesma religião, são coisas simples que podem tornar-se um motivo depressivo substancial com o passar do tempo.
Tomemos como exemplo uma situação ideal. Um casal que ao chegar a casa discutam como correu o dia de cada um, e que a solução dos problemas diários seja consensual e que ao final, para o tão merecido descanso, assistam a um filme que os dois apreciem com o mesmo entusiasmo. Depois, é óbvio, que troquem os mais prazerosos carinhos, aqueles em que só é possível com a presença de um forte sentimento.

Decerto, falo de uma situação utópica, mas, se não estamos vivendo isso precisamos buscar mudanças. Nesse momento, nada mais sensato que pensarmos em nossa própria satisfação. Isso não é egoísmo, mas maturidade. Devemos ter como objetivo uma vida perfeita como a apresentada para que possamos alcançar a felicidade, mesmo que não seja plena, mas que seja quase.